quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Saúde

Aeronave rosa contra o câncer

Fonte: Diario de Pernambuco 

Uma invasão rosa no Aeroporto Internacional dos Guararapes - Recife/Gilberto Freyre. Um avião com detalhes na cor feminina rosa aterrisou ontem no local. A tripulação, toda vestida em tons rosa, desembarcou com uma missão: ser um símbolo na luta contra o câncer de mama, doença que somente neste ano teve 50 mil novos casos diagnosticados no país. A iniciativa fez parte do encerramento da Semana Rosa e Azul, que teve início no dia 6 de dezembro e terminou ontem, após a aeronave pousar em São Luis, no Maranhão. A campanha é promovida pela Azul Linhas Aéreas Brasileiras.

Semana Rosa e Azul no aeroporto para lutar contra o câncer de mama. Imagens: Ed Wanderley/DP/D.A Press Para a surpresa de muitos clientes, a tripulação, toda trajada em rosa, é composta exclusivamente por mulheres, inclusive a dupla de pilotagem. ´É muito diferente, mas aprovei a iniciativa. É uma oportunidade de fazer a gente refletir sobre o assunto, que é sério, mas que muitas vezes passa desapercebido`, avaliou a economista Soraya Rosa, que chegou ao Recife no voo.


De acordo com a copiloto Caroline Damé, a ação vai além da representação e da conscientização das mulheres. ´É uma forma de fazer entender que essa é uma doença que, diagnosticada cedo, tem quase 100% de cura. Além de ser uma surpresa boa para os clientes, que já não têm preconceitos por sermos todas mulheres e até pedem para tirar foto com a gente`, afirma.


Fora da pista de pouso, dezenas de adeptos da causa, vestidos de cor de rosa, também abordaram os familiares e amigos dos passageiros, que aguardavam nos corredores do aeroporto. Com explicações práticas, distribuição de panfletos e até uma palestra do oncologista Glauber Leitão, eles chamaram a atenção para o autoexame e exigiam maior atenção dos órgãos públicos de saúde. ´É preciso equipar melhor as instituições públicas e incentivar mais a busca por acompanhamentos médicos regulares por parte das mulheres. A maior parte dos casos diagnosticados este ano já estavam em estágio avançado. Esse quadro precisa mudar`. (Ed Wanderley)


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